Missionários da APMT participam do V COMIBAM

Mônica Mesquita

A Cidade do Panamá, capital do Panamá, foi sede do V COMIBAM (Cooperação Missionária Iberoamericana), que aconteceu de 22 a 25 de abril, no Centro de Convenções Megápolis, com o tema "La misma misión para una iglesia en movimiento" (A mesma missão para uma igreja em movimento). Contou com a participação de 1.600 pessoas de aproximadamente 30 países.

O evento tem o objetivo de convocar a igreja e a comunidade missionária iberoamericana para celebrar o que o Senhor está fazendo no mundo, e inspirar a igreja da Iberoamérica a levar o evangelho a todos os povos e até os confins da terra. 

O livro de Atos dos Apóstolos foi priorizado pelos palestrantes. Alguns dos temas discorridos foram: "A Participação Iberamericana na Missão Global de Deus", "As Missões Iberoamericanas a partir da voz de um líder nacional", "Tendências Atuais e Novos Paradigmas nas Missões Globais", "Construindo Pontes para um Movimento Intergeracional", "O Potencial da Mobilização Missionária na Iberoamérica". Um dos 14 pregadores de plenárias foi o missionário da APMT, e executivo operacional, Rev. Cácio Silva, que expôs Atos 13.

A ideia central do COMIBAM 2025 foi promover espaços de reflexão, diálogo, e de construção de propostas e projetos, visando ao cumprimento da Grande Comissão a partir da Iberoamérica. 

Uma pesquisa realizada pelo COMIBAM (como movimento missional, e não pelo congresso em si), com quase 2.000 igrejas, 500 organizações missionárias e mais de 600 missionários, destacou alguns percentuais importantes sobre a Igreja Iberoamericana como um todo: 1) 25% são generosas com ofertas 2) 20% desenvolvem programas de oração por missões 3) apenas 6% se envolvem com o envio de missionários 4) apenas 3% atuam com cuidado dos missionários 5) apenas 12% das igrejas participam de programas de tradução da Bíblia para línguas minoritárias. Essa mesma pesquisa apontou que o Brasil lidera em todas as categorias, com uma forte presença em ofertas, oração, mobilização e cuidado missionário.

Foram montados também GEPs, Grupos Estratégicos de Trabalho, com temas dos mais relevantes: Cuidado integral do missionário; Nossos novos vizinhos; Missão policêntrica; Mobilizando a nova Geração; Cooperação e alianças na missão global; Etnias não alcançadas; Diásporas, campo e força missionária; Tradução da Bíblia; O desafio hinduísta, budista e shintoísta; e muitos outros.

A Igreja Iberoamericana, em determinado momento da História, deixou de ser um campo missionário – no sentido lato – e passou a ser considerada, pelos missiólogos e estudiosos do assunto, uma força missionária pujante e numerosa. Há dados que comprovam o quanto Deus tem usado os missionários e missionárias iberoamericanos por todo o mundo, e que alguns dos fatores responsáveis se traduzem na capacidade – especialmente dos latinoamericanos – adaptação, resiliência, na simpatia e na empatia que lhes é peculiar. 

A APMT/IPB se fez representar por uma delegação de 16 pessoas, incluindo os dois executivos e também seu presidente, Rev. Amauri Costa de Oliveira. Desse grupo, seis foram voluntários no evento.

O COMIBAM acontece de 10 em 10 anos, aproximadamente. O primeiro foi em 1987, São Paulo/Brasil; o segundo em 1997, Acapulco/México; o terceiro em 2006, Granada/Espanha; o quarto em 2017, Bogotá/Colômbia e, agora, o quinto no Panamá.

Fato interessante é que o Rev. Marcos Agripino esteve em quatro dos cinco congressos, além de ter sido membro da Junta Diretiva Internacional do COMIBAM por duas gestões consecutivas.

Estamos gratos a Deus por testificar que a IPB está conectada com a Missão Global. 

*A missionária Mônica Mesquita é coordenadora do Centro de Formação Missiológica da APMT (CFM), revisora, escritora e tradutora.